Câncer de Mama
É o tumor mais frequente em mulheres (perde apenas para câncer de pele não melanoma), com uma incidência estimada de 66 mil casos por ano entre 2020-2022 segundo o INCA.
Apesar de muito raro, pode acometer homens também – corresponde a cerca de 1% dos casos de câncer de mama.
A maioria dos casos de câncer de mama -85/90% – não tem relação hereditária.
São diversos tipos diferentes de câncer de mama dependendo das características da imunohistoquímica – luminal, HER2 hiperexpresso, triplo negativo. E os tratamentos podem mudar para cada subtipo de câncer de mama.
Fatores de risco
Podem ser divididos em não modificáveis e modificáveis (relacionados a hábitos de vida).
– Fatores de riscos não modificáveis = sexo feminino, idade, menarca precoce (primeira menstruacao), menopausa tardia, não ter filhos, não amamentar, historia familiar.
– Fatores de risco modificáveis = obesidade, sedentarismo, tabagismo, etilismo, uso de reposição hormonal mais do que cinco anos após menopausa, dieta inadequada e exposição a radiação.
Sintomas
A maioria dos tumores iniciais são assintomáticos.
Quando presentes, os sintomas mais comuns são:
– Nódulo indolor endurecido
– Gânglios axilares palpáveis
– Prurido e ulceração no mamilo
– Saída de secreção pelo mamilo (sanguinolenta ou transparente)
– Edema e vermelhidão da pele
Rastreamento
O rastreamento do câncer de mama com mamografia pode reduzir a mortalidade em até 40%.
É indicado rastreamento populacional anual com mamografia a partir dos 40 anos (segundo SBCO – sociedade brasileira de cirurgia oncológica).
Em casos específicos de alto risco pessoal, familiar ou mamas densas podem ser usados ultrassonografia mamária e ressonância das mamas para avaliação complementar.
Diagnóstico
Na maioria dos casos os tumores assintomáticos são diagnosticados por meio dos exames de rastreamento – mamografia e US mamas.
Quando os exames são alterados ou existe algum sintoma descrito pela paciente, são solicitadas biopsias guiadas (core biopsia ou mamotomia) para exame anatomopatológico e imunohistoquímico.
Tratamento
O tratamento do câncer de mama é multidisciplinar e depende do subtipo pela imunohistoquímica.
– Cirurgia= pode ser realizada a cirurgia conservadora (em que a mama é preservada) ou mastectomia (retirada da mama) associada a avaliação dos linfonodos axilares. A decisão sobre o tipo de cirurgia depende de vários fatores: tamanho da mama, tamanho do tumor, opção da paciente, teste genético.
– Quimioterapia= pode ser realizada antes da cirurgia (neoadjuvante) ou após a cirurgia (adjuvante)
– Radioterapia
– Hormonioterapia indicada para tumores luminais, quem tem receptores hormonais positivos na imunohistoquímica.
Prevenção
Pode ser dividida em prevenção primária (evitar que o câncer aconteça) e secundária (diagnóstico precoce)
– Prevenção primária = atividade física (pelo menos 150 minutos por semana de atividade física moderada), dieta equilibrada e balanceada (rica em fibras, legumes, verduras, frutas, grãos integrais, evitar carne vermelha em excesso, evitar alimentos ultraprocessados), não fumar, ingestão alcoólica moderada
– Prevenção secundária = rastreamento como indicado acima